Letras de músicas

Sobre Entrega e Empatia

Troquei as respostas que eu tinha para poder saber
Quais são as perguntas que preciso fazer para entender
Como encontrar o que eu ganhei quando me perdi e me achei
Se toda tempestade tem seu fim, eu aproveito cada gota que cai em mim

Se eu fosse tão frio quanto o mundo me ensina a ser
Não escreveria essa canção, não diria nada a você
Esta sociedade estranha, de pessoas cruéis
Que vivem se ferindo e se machucando por conta de um ou outro revés
Nunca entendem que é mais fácil ter empatia do que estresse

E eu não vou me entregar
Não vou machucar
Não vou magoar

Troquei as respostas que eu tinha para poder saber

Quais são as perguntas que preciso fazer para entender

Peixes Estelares

Dentro de um aquário, sem água

Vendo a vida passar por um vidro

Eu estou, com você

Navegando num oceano

De fuligem dos sonhos

Eu estou, com você

E se isso tudo, 

Não nos levar

A lugar algum 

Eu conheço um futuro 

melhor para nós...

Conectando em uma nova

Frequência de comunicação pelos olhos

Eu estou, com você

Enclausurado, em um momento

Passado e deletado

Eu estou, com você

E se isso tudo 

Não nos levar a 

Lugar algum

Eu conheço um futuro

Melhor para nós... Depois do sol

Me Beija Outra Vez

Eu me peguei preocupado sobre tudo estar errado

Mas não vou me preocupar

Tenho muito para pensar

É sempre assim,

Lá se vai umpedaço de mim

e a vida,

Me beija outra vez

Não acredito em escolha errada

É tudo uma mudança

Assim como uma lagarta

Ninguém é para sempre criança

É sempre assim,

Lá se vai umpedaço de mim

e a vida,

Me beija outra vez

Torrente

Gotas de chuva destroem o silêncio

A boca e as uvas contemplam o incêndio

Por entre os dentes escorre o veneno

Você não sabe o que está fazendo

Não espere a chuva passar;

As gotas ferem, a água tudo vai levar

O dia inteiro matando o tempo

É por esse dinheiro que está se vendendo?

Antes a torrente, agora o sereno

O frio do segredo agora é ameno.

Não espere a chuva passar;

As gotas ferem, a água tudo vai levar

Língua Pútrida

Todas as palavras que tenho

Não são suficientes

Mas quando saem,

Elas me quebram os dentes

Todos esses dizeres

Que vão pelas praças

São o prenúncio de

Uma nova desgraça

Cada língua presa

Dentro de sua cabeça

Derrete bem antes

que você perceba

Lingua falada Lingua muda

Lingua morta: Língua pútrida!

Todas essas inflamações

Que tenho nos lábios

Vem do calor

Daquilo que falo

Esse inchaço

Que cresce na minha garganta

Veio quando aprendi a falar

Eu era criança

O meu corpo inteiro

É um texto indecifrável

Pergunte à esfinge

e verá o resultado

Lingua falada Lingua muda

Lingua morta: Língua pútrida!

Na hora zero todos os sinônimos foram trocados

Dia e noite são a mesma coisa porém foram antagonizados

Dicionarizado, dicionarizado

Eu fui constituicionali...

Dicionarizado, dicionarizado

Eu fui constituicionalizaaaaaaado!

Chacina

Eu esculpi uma memória com este poema

E eu não tenho nenhum problema em dizer

Que vi você

Preocupada com questões sociais

Na África do Sul o extermínio de animais

Onde está a paz?

Que não chega na Síria?

Tem sangue derramado na Palestina

Enquanto derrete o sorvete da menina

Que brinca no parque e nem imagina

O que isso tem a ver

O que isso vem a ser?

No Complexo do Alemão

Nas ruas da China

Há chacina

Ciclistas mortos todos os dias atropelados

Um velório celebrado em pleno asfalto

Mulheres exterminadas no Goiás

Assassinadas em becos abissais

Mas isso não é uma ameaça à paz

O helicoca pousa despercebido

Enquanto a PM assassina Amarildo

E eu não tenho palavras pra dizer

O quanto isso é macabro e lindo

No Complexo do Alemão

Nas ruas da China

Há chacina

Não há mais cercas elétricas, não há mais

Você vai ter que sair de casa e ver que não existe paz

 Helena

Qual das tuas faces apresentas?

Qual das tuas faces me orientas a ver?

Aquilo que não se deve enxergar em você

Qual das tuas faces vai desenhar 

Com aquele belo traço

Que lhe é razão de orgulho

E ao mesmo tempo embaraço?

Tu és figura divina

Nascida em outros tempos, outras sinas

Tu és figura divina

Ponte ancestral entre Grécia e Bahia

Qual das tuas faces vai inundar

A alma alheia com displicência

Em um único olhar:

Uma medusa em ascendência

Qual das tuas faces vai conseguir

Aquilo que buscas por aqui

Será mesmo que isso terá um fim?

Será mesmo que isso acabará assim?

Ela não vai voltar, ela vai chegar

Belle Époque

Não tem razão

Espalhar pedras no chão

Se elas vão estar

Por lá de qualquer maneira

Não tem razão

Esconder sua emoção

Se ela vai

Explodir

Quando você chegar aqui

Vá curtir o seu aniversário

Mesmo que não seja hoje

Amanhã pode ser nosso passado

Amanhã, podemos ser carne podre

Vá colher os frutos

Eles estão maduros

Pois, foi você quem os plantou

Se chegou até aqui:

Há algo de bom em ser feliz

Vá curtir o seu aniversário

Mesmo que não seja hoje

Amanhã pode ser nosso passado

Amanhã, podemos ser carne podre

Cachorro Morto

Este asfalto é tão confortável

Agora que eu

Faço dele minha casa,

Agora que eu

Sinto seu calor grudado em meu pelo

Agora

Que na sua pressa de ir embora

Passa por cima do meu cadáver

Este asfalto que agora

Eu chamo de lar

Nem assim mesmo

Eu posso chamar

Já que é você quem decide

Quem vai viver ou morrer neste lugar

Na sua pressa de ir embora

Passa por cima do meu cadáver

Tem gente, tem gente!

Chutando cachorro morto

E esse cachorro sou eu

Com as costelas todas expostas

Assim como a sua honra agora!

Na sua pressa de ir embora

Passa por cima do meu cadáver

Quero Fugir

Quero fugir daqui, hoje quero mergulhar

Num rio de águas claras que me faça sentir

Como se eu tivesse, um par de asas

Quero fugir daqui, dessa capital

que me faz sentir, como um animal

Explorado, capturado, acuado, assassinado

Eu quero ir embora, pode ser agora

Eu sei que em outro lugar terei a minha hora

Com as minhas mãos escrever a minha história

Hoje quero sair, quero ver o mar
Sentir suas ondas em mim quebrar

Não quero pensar que há um mundo lá fora

Cheio de gente idiota, e eu não quero nem lembrar

Que pra elas eu sou um idiota também!

Meu Mito

Hipnotizado com o sorriso da carranca

Espíritos ruins sei que ele espanta

Seu sorriso tem o mesmo efeito em mim

Só de aparecer faz o mal fugir

Isso é tão divino quanto o reisado

Sua voz é uma flauta tão doce quanto seus lábios

Dance, celebre, tem que ser assim

A música não é nada se o corpo não diz que sim

Você é meu mito, me arranca suspiros

Você é meu mito, ouça meu grito

Tão traiçoeiro quanto o nego d'agua

é o sentimento que me afaga

quando sua pele toca em mim

parece que um rio flui por aqui

Me apaixonei por uma livusia

e nem sei se é ilusão minha

seu beijo é sobrenatural

Atravessa minha carne chega a ser espiritual

Você é meu mito, me arranca suspiros

Você é meu mito, ouça meu grito

Naveguei o São Francisco

Não achei algo tão lindo

Mergulhei em águas correntes

Mas você foi a coisa mais que já bati de frente

Abra Katraka

Abra Katraka é uma palavra mágica

O secretário de transportes vai na televisão

Falar que o busão é ótimo e lindo

Mas eu só acho isso quando ele está pegando fogo

Os veículos são péssimos e os funcionários são mal pagos

A única coisa cara é a passagem!

Eu quero ir embora

Eu quero chegar logo

Eu não entendo....

Eu quero ir pro centro

Mas isso é tudo, isso é tudo

Isso é tudo que eu tenho!

  Solo & Desastre

Solo e Desastre

Vento, páraqueda

Barreira de som

Muro de Pedra

Forma divina

Aceita a carnificina

Engulo o que posso

Estômago necrófago

Tem muita dor por vir

Tem, anunciada por mim, tem!

Piore a sina

Piore a sina

Adicione vinagre

Às boas vindas

Aparelho na mão

Aperte o botão

Sonho e devassidão

Autodestruição!

Tem muita dor por vir

Tem, anunciada por mim, tem!

Corte um sonho numa folha de papel

Faça com que as pessoas possam ver

E assim, perceberá que, 
Talvez na felicidade não sejamos iguais
Mas na dor, todos vamos ser

Sem Título #1 (Letra: Suzana)

Toca em minha mão

O mundo é muito pouco

Tudo que te digo é ouro

Pétalas que se esvaem com o vento

E folhas que murcham a cada entardecer

Só não esquece o quando eu amo você

Meia Noite Na Rua Julio Verne

Rostos de terras distantes

São conquistados agora

Por barcos em letreiros

azuis gigantes

Seus olhos buscam a imensidão

da vasta cidade, e seus passos

sem rumo vão pelo chão concreto

uma placa amassada, caminho correto

Solidão soa tão clichê, mas é algo tão contemporâneo,

Ela sempre ataca na mesma época do ano

E eu nunca me preveni;

Sempre esqueço minha máscara de gás

Quando passo por aqui

Droga

As pessoas 

são uma droga.

Umas te destroem, 

acabam com seus nervos, 

te excitam, 

fazem seu ego inchar, 

se sentir como merda, 

outras são 

nada mais 

do que tudo 

que você 

precisava 

para melhorar.

Ao Meu Interior Com Dedicação

Eu não percebi

o sonho, o sangue, o sopro de vida em mim

Eu não senti

quando a faca dilacerava o que havia dentro de mim

Eu não consegui

aparar meus dentes que caiam no chão;

tentei usar as mãos, mas a quantidade de sangue era como uma inundação

Lines

2 lines to drawn, all the things

2 lines to drawn, everything

2 lines to drawn the horizon

that you see right trhu, yes you see right trhu

All the space, all the space and the things that you do have a piece of you

We're all made of 2 lines, we all make some lies

We are lines on the sand, we are womans and mens

Faz Mais Uma Vez

Faz mais uma vez, eu aguento

Beba do meu sangue, não vai fazer diferença

Meu corpo é cheio de fluídos que todos querem sugar

As ruas são cheias de fluídos que todos querem sugar

As pessoas todas vivem pelas ruas procurando fluidos

Que estão dentro delas mesmas para sugar

O Sol Também É Poente

Aqui também o sol está no meio da tarde

E eu consigo te ver caminhando pelas ruas

Cada passo dado é em direção ao futuro

E ele não volta...

O sol também é poente

Todos nós vamos caminhando porque somos jovens

O tempo passa muito rápido quando a gente percebe,

Quando nos damos conta, o tempo já passou, já é tarde

E tem uma arma apontada pra nós chamada responsabilidade

O sol também é poente

E nós não percebemos

Que somos nós os donos do tempo

E vamos ser eternamente jovens

Se assim nos for conveniente

2 Contra 20 Mil

2 contra 20 mil; era essa a proporção

Eu e ela na arquibancada,

Levantando uma faixa

Em uma ação em prol da libertação;

Animais não são brinquedo,

Animais não são comida

Nem matéria-prima para

Exploração Humana

Sentimos medo;

Choramos de medo

Mas não exitamos

Nem nos desencorajamos

Naquele lugar até o último minuto ficamos

É incrível o que que um

Candidato a deputado federal é capaz

De financiar só para

Sua eleição ganhar

2 contra 20 mil, somos, fomos, somos...

Não Tem Dó

Dedico essa canção 

para uma menina

que me fascina

sua pele morena

seu sorriso tão lindo

me conquistam, 

me conquistam

eu não consigo parar

na possibilidade de 

um dia te encontrar

mesmo que as milhas;

eu sei, não são poucas

mas elas não me desanimam

não tem dó, não tem dó, não tem dó de mim

álcool, gasolina, fósforo, faísca, é assim, é assim

que as coisas acontecem pra mim, numa intensidade incrível

na mesma intensidade que vem do calor da tua pele

que eu imagino como seja, que eu imagino como seja, que eu imagino como seja,

através de sua beleza e é tanta intensidade que eu não consigo parar

de sentir, de querer, de ter vontade de estar

não tem dó, não tem dó, não tem dó de mim

meu peito é incandescente, se não quiser explodir se afaste de mim!

O Céu

O céu

Está nublado

Mas o convite pra ver o sol, está de pé

Dor

Dor 

tudo que eu sinto me causa dor

tudo que eu penso me causa dor

pessoas, pessoas, se destruindo

e dizendo que a vida é boa

pessoas, pessoas, pessoas, pessoas

vivem mentindo pra dizer que 

a vida é boa

Dor 

tudo que eu sinto me causa dor

cada movimento que eu faço me causa dor

pessoas, pessoas, pessoas, pessoas

vão destruindo, sugando, tendo,

matando, estuprando, enganando

e dizendo que a vida é boa

fazem o possível que lhes és 

querem o possível que lhes és

não se importam que a consequência é a dor

Dor

e o seu orgasmo me causa dor

e seu sorriso me causa dor

e a sua lágrima também me causa dor

e tudo mais me causa dor

e eu não tenho paz por que sinto dor

e eu não quero mais sentir dor

Cada Vez

Cada vez que o evento sopra, 

Eu sinto apertar a corda

Que trago no meu pescoço

Eu me sinto cada vez mais morto

Quando sou obrigado a trabalhar

Quando sou obrigado a estudar

Cada vez que eu como que eu 

Como as sobras da felicidade alhei

Cada vez que eu guardo rancor

De alguém que tenho amor, 

Eu sinto essa corda apertar,

Cada vez que eu...

Quando sou obrigado a trabalhar

Quando sou obrigado a estudar

e essa corda me diz toda vez: tome cuidado

e essa corda me diz toda vez: e só está começando!!

Dor Plástica

Uma dor plástica, me domina;

E eu não consigo me curar

Uma dor plástica invade meu peito agora

Uma dor plástica, se envolve em mim como napalm

Uma dor plástica, gás mostarda mental

Uma dor plástica, granada de efeito moral espiritual

E eu não consigo me curar

Suas palavras são como facas

Que eu uso para me cortar

Suas palavras são como cordas

Longas o suficiente para me tocar

E me atirar do ponto mais alto da minha vida

Suas palavras...

E eu não consigo me curar

Deixem

Deixem as crianças brincarem nos túmulos

seus sentimentos ainda não são nulos

Seus dentes ainda estão no lugar

E um dia elas irão descansar

deixem as crianças dançarem nas covas

elas precisam de roupas novas

e os mortos não vão se importar

de seus trajes alguém vir a roubar

Deixem, deixem, deixem, deixem em paz

Deixem os namorados transarem nas criptas

Quem sabe assim não fecunde uma vida

Neste local cercados de vultos

Espermatozoide, óvulo e defuntos

Deixem o coveiro necrófilo se saciar

com a noiva morta , eu tenho certeza que

ela não se importa

Um prazer ao velho nada vai te custar

Mesmo da morte alguém vai gozar

Deixem, deixem, deixem, deixem em paz

Queda Livre

A gravidade é uma lei e leis não me contém

Temerário em queda livre me define bem

Oxigênio e adrenalina é o que compõe o céu

A noite é um manto e um oceano, me visto com esse véu

Estou em queda livre e o palco é meu solo

Por aqui já tive mortes de todos os modos

Também nesse lugar já gozei e chorei

Entre o céu e a terra sou plebeu e rei

Todo espaço não habitado é uma nova possibilidade

Escorro pelas veias imundas da cidade

Também beijo o rosto da pele macia com vontade

Toco o brinco e brinco com o vestido da moça

Beijo a boca e caio em queda livre em direção à suas coxas

Sem pára-quedas, sangue fluindo na direção inversa! 

Estou Caminhando (Entre os Corpos)

Estou caminhando entre os corpos dos meus amigos

Que um dia compartilhei

momentos da minha vida

Que um dia assim como eu

estavam vivos

Mas hoje preenchem

espaço num sepulcro

Tive de matá-los

e não me culpo

Estou caminhando entre os corpos dos meus amigos

A vida mudou

E escolhas foram feitas

Era meu coração

Ou suas cabeças

As memórias boas

Para sempre vão ficar

Mas de agora em diante

Este cemitério é seu lar

Atire Agora

Não sei no que acreditar

são tantas palavras soltas no ar

estamos mesmo ficando loucos

perdidos num mundo neobarroco

Enquanto ricos compram tapetes

Feito com pele de gente negra

Vendidos em lojas de luxo

Nós aceitamos todo o absurdo

Atire agora; Cessar Fogo!

Somos todos tolos

Bombardeados de informações

Fazendo delas nossas prisões

Nosso sangue corre como dados

Intravenosamente somos codificados

O Toque da Aura

Mãos circundando o espaço vazio que há entre nós

Sílabas se tocam num ósculo acústico, o encontro de nossa voz

A aura existe, eu posso sentir, ela é aquilo que me toca

Mesmo você estando a metros de mim

O vento forte e o toque leve

O coração pulsa e o sangue ferve

Me encanta sua beleza na sua totalidade

Me comove minha boba ingenuidade

Pessoas passam e me acertam sem tocar, o toque da aura

Umas me acertam como uma estaca no coração de um vampiro

Outras são como flechas perdidas de um cupido

Eu sou alvo fácil do seu olhar e do seu caminhar

O vento forte e o toque leve

O coração pulsa e o sangue ferve

Me encanta sua beleza na sua totalidade

Me comove minha boba ingenuidade

As Coisas (Relação Pessoal Com a Vida)

As coisas podem mudar

Como vento e o soprar, do destino

As coisas podem desabar

Como uma velha torre, ou uma árvore podre

O medo da morte é apenas um delírio

Somos velhos homens em forma de menino

As coisas podem te deixar, mudo

Com seu próprio curso, todos temos um mundo

As coisas fluem no espaço, as vezes

Nosso pensar é o retardo, fonte da própia sede

Sinta

Sente,

O afago quente

Da mão,

No seu cabelo

Sente, sente

Pensar no fim dá tanto medo

Ele faz cair cair a mão e o cabelo

Sinta,

O meu coração bater

Ponha seu ouvido no meu peito

E sinta meu corpo quente

Esse calor, é a gente

Pensar no fim dá tanto medo

Ele pára o coração dentro do peito

E nunca vai nos perdoar

Somos cadáveres andando

Esperando alguém nos enterrar

Siiiiiiinta, sinta! Sinta!

Sinta, o escorrer da vida

Vivo Num Torpedo

Vivo num torpedo, com a companhia do medo

Que me conta histórias horríveis sobre mim

Que nem eu acredito, deve ser o fim

da minha essência, da minha ausência

ou da minha presença em uma parte de mim, isso deve ser o fim

dentro desse torpedo eu tento esquecer

que algum dia próximo vou colidir

e voarão mil pedaços de mim

Que chegarão até você, um ósculo mórbido

Até Secar

Quanto de nós vai escorrer com a areia da ampulheta?

Até secar.